Testemunho: bruxa, protestante e finalmente(!) católica
Se você não leu a parte anterior, vai lá: A umbanda na minha vida
Acontece que até mesmo para um blog, um
texto comprido demais (e olha que esse já está grande!) se torna complicado
ler.
Pois bem... aqui, eu vou falar sobre as duas etapas “finais”
antes de completar a minha conversão ao voltar para o catolicismo. A flertada
que eu dei com a feitiçaria/ bruxaria e depois a minha conversão ao
protestantismo.
Todo esse caminho, eu penso hoje, foi uma viagem alucinada.
Mas eu vejo que eu estava em busca. Estava procurando o sentido daquilo que
havia perdido quando era criança. Passei décadas considerando a Igreja como uma
grande bandida, vilã. Fiz parte da manobra da massa. Há séculos já, a
civilização está sendo doutrinada a pensar desta maneira. O discurso de que
você é um deus, que você não precisa de nada a não ser de você mesmo e de tudo
que você produz... isso é tão “iluminismo”... Infelizmente, nossos avós e pais receberam
essa formação... nossos avós até rezavam, mas de uma forma completamente
distante e alheia a Deus... nossos pais, esses desfrutaram o primeiro
afastamento completo, muitos cairam nas garras do engano com doutrinas e seitas
que se adaptaram à realidade dos tempos modernos... Afinal, é chato seguir uma
religião de 2 mil anos... com regras rígidas de 2 mil anos...
Se você refletir bem, sobre tudo que acontece na sociedade,
fica claro que o maior “inimigo” daqueles que amam as liberdades e a vida
vivida assim, é o cristianismo. Não se trata de uma luta entre capitalismo e
comunismo. Esses dois sistemas se retroalimentam, e são necessários um ao
outro. O problema dos dois é o cristianismo.
Porque o cristianismo leva adiante valores... coisas como
família, como virtudes e pecados, como a eternidade e como tudo o que você
acumula nesta vida não vai importar nada no próximo nível do “game”.
Mas vamos deixar essa reflexão para um próximo post... o
lance aqui é contar sobre o meu caminho até aqui.
Contextualizando
Quando eu tinha por volta de 20 e poucos anos, eu trabalhava
numa grande editora, na maior revista do continente, na época. Eu era uma jovem
universitária com todos os instrumentos para ser uma pessoa de muito sucesso na
minha carreira – eu estava estudando para ser jornalista na época.
Acontece que a minha família tinha um jornal na cidade onde
eu nasci e cresci. E logo depois que eu me formei, meu pai exigiu a minha volta
para “casa”.
Eu me sentia perdida em muitos aspectos. Embora, por fora,
desse toda a pinta de ser uma criatura extremamente bem resolvida. Formada, com
um cargo importante, um bom salário.
Mas o vazio era enorme. Eu me sentia horrível. E achava que
era uma pessoa impossível de ser amada pelo sexo oposto, por conta do meu
aspecto gordo e desleixado.
Comecei uma busca. Por um namorado e por sentidos na vida.
Procurei a dança do ventre, pelos elos da ancestralidade. E
lá, ouvi pela primeira vez a expressão “deusa”.
Aos 22 anos eu arrumei meu primeiro namorado. E hoje, só
posso dizer que aquilo não me acrescentou em nada. Devia ter permanecido
sozinha.
Com 24 anos, meu pai sofreu um acidente de carro e faleceu.
Foi tenso. Meu pai era o patriarca claro. Tinha toda a família correndo sob
suas rédeas. Tudo ia como ele planejava.
De repente, ele faltou.
Sobre administrar o negócio, eu, meus irmãos e minha mãe
conseguimos. Mas eu e meus irmãos começamos nossas buscas individuais. De
repente não tinha mais ninguém para nos dizer o que e como fazer.
Fiz uma iniciação em reiki e estudava muito sobre hinduísmo
e budismo. A ideia do kardecismo e da umbanda agora parecia apenas um pano de
fundo para as minhas descobertas que eu julgava serem muito mais profundas.
Mesmo com todos esses estudos espiritualistas, minha vida
era um caos. Eu não concatenava paz, vivia em pé de guerra com meus irmãos e
comigo mesma. Era uma pessoa extremamente raivosa e explosiva. E me achava
evoluída pra caramba.
Depois de um segundo namoro extremamente curto, de um ano,
eu me casei. Na igreja. Meu ex-marido vinha de uma família católica praticante.
E eu fiz manha... cê quer casar na igreja, então eu escolho a igreja. E lá foi.
Na paróquia mais chique de São Paulo. Uma cerimônia dos sonhos, com tudo que
uma noiva tem direito.
Hoje, quando me pego lembrando desse dia, eu me lembro de
como era ridícula. Vazia. De como não me dei conta da importância daquele passo
em momento nenhum. E paguei o preço por isso.
Casei no dia do aniversário do meu pai, dois anos depois da
morte dele. E seis meses depois me separei. Eu fui fisicamente agredida, tentei
agredir também, e não tinha como continuar naquela situação.
Quatro meses depois da separação, eu fiz uma viagem para o
Rio Grande do Sul e lá conheci o meu esposo. De lá até aqui, já são 14 anos de
vida juntos. Cinco gestações e dois filhos vivos.
Com menos de um ano de casados, nós perdemos nossa filha. Eu
estava grávida de 8 meses e meio. E a Ieda morreu na minha barriga. Não sei
como sobrevivi a isto. Eu me lembro de acordar e viver, pensando: eu “preciso”
ser mãe... tenho de superar tudo isso.
Dois anos depois, mais duas gestações perdidas no primeiro
trimestre, eu fui investigar meus problemas. Fiz muitos exames. Todos os
possíveis. E descobrimos que eu tenho uma mutação genética, que engrossa o meu
sangue. Essa mutação entupia os vasos das placentas, impedindo os nutrientes de
chegarem até os bebês.
Para ter meus filhos, eu precisaria ter a coragem de me
injetar anticoagulantes todos os dias, como os diabéticos se injetam insulina.
Para quem sempre teve pavor de agulha, foi um marco.
Eu estou contando as coisas do âmbito prático, mas já vou
entrar na esfera espiritual.
Quando a Ieda e os bebês novinhos morreram, eu senti um
buraco dentro da alma que só crescia. Eu não entendia... e naquele momento,
apenas a explicação espírita fez sentido. De acordo com essa linha,
provavelmente eu era uma pessoa muito desumana que havia abortado
voluntariamente em outras vidas, e agora estava pagando nesta.
Naquele momento, eu me entreguei à vontade de Deus. Eu entendi
que era Ele quem estava no comando. E ali, me peguei com Santa Teresinha. Ela
me socorreu.
Hoje percebo que Jesus queria entrar na minha vida desde
aquele momento... mas eu não entendi naquela época... ainda precisei comer lixo
um pouco mais de tempo para entender. A burrice é tensa por aqui.
Quando engravidei do Angelo, eu tomava as injeções e rezava.
E é impressionante... mesmo com todas as heresias, mesmo com todos os pecados
cometidos, e sem nunca ter me dado conta dos meus absurdos, eu fui presenteada
com o meu anjinho.
Três anos depois eu comecei a sentir um incômodo. Era nítido
em mim, que a família estava incompleta. Mas como encarar todo o protocolo de
gravidez de auto-risco tendo um filho pequeno, correndo o risco de morrer e
deixa-lo órfão... como convencer o marido?! Os médicos me desencorajaram. Teve
um que me chamou de irresponsável e egoísta. Mas eu sabia que precisava ter
coragem.
Quatro anos depois do Angelo, nasceu o Valentino. Depois de
nove meses de injeções e orações para Santa Teresinha... E hoje eu vejo como
Deus atua até na vida daqueles que nem pensam em levar em consideração a sua
Verdade... Deus é MUITO AMOR.
A bruxaria
Quando o Valentino estava com uns três anos, caiu na minha
mão o livro que “mudaria tudo”. Naquela época, eu vivia com dores no corpo,
pois a gravidez me presenteou com duas hérnias de disco daquelas... e eu
permanecia com dores 24/7.
Estava em frangalhos. Me questionava “era pra isso, que eu
precisava chegar até aqui?!”
Sentia-me uma mulher capada. Sem viço. Sem alma. Ligada no
automático.
O livro esse, que eu não gosto nem de mencionar o nome, pra
não dar ibope pra quem propaga o mal e a enganação, girou uma chave em mim. A
chave do feminismo. A chave do ocultismo. A chave da “natureza selvagem”.
De repente, eu estava achando que muita coisa fazia sentido.
Quando na verdade, eu estava me afundando mais.
Comecei a procurar grupos de mulheres que se juntavam para
conversar sobre este livro. Porque ele era muito denso para ser digerido
sozinha. Eu costumava ler um livro em semanas, aquele, eu gastei 8 meses. Hoje
eu percebo que era meu anjo da guarda tentando me ajudar e me tirar dali o
tempo todo...
Achei um grupo, e caí de cabeça na “sororidade”. Em pouco
tempo, eu vi o padrão se repetindo. Um tanto de mulher falando mal das outras, uma
querendo prejudicar o trabalho da outra, ou metendo o pau, ou criticando sem
reservas – ou seja... onde estava a “sororidade”?
Mesmo assim, mergulhei fundo. Acreditei que tinha me achado.
Eu era uma bruxa da natureza. E achava esse título chique... era como se eu
fosse muito evoluída por ter esse conhecimento... uma classe diferente de ser
humano. Quanta mediocridade!
Eu usava as “forças da natureza” ao meu favor. Aprendi
coisas, “feitiços”, formas de pedir favores para a “deusa” ou para o “universo”....
aprendi que o sangue menstrual seria o melhor remédio para todos os males da
vida de alguém. As mulheres feiticeiras usam seu sangue menstrual, por exemplo,
desde a adubação das plantas até para “adoçar” o café do marido – para que ele
tenha bastante vigor e ânimo para trabalhar.
(Não! Eu nunca coloquei isso no café do meu marido... mas as
plantas, coitadas... essas experimentaram)
Quando aprendi essa coisa com o sangue, eu pensei comigo “nossa...
como evoluí... se fosse há um tempo, eu acharia isso nojento”. Refletindo hoje,
percebo o quanto era justamente o contrário. Eu estava caminhando por um
caminho bem perigoso. O próximo passo era usar outro sangue. E achar que estava
tudo normal.
Foram muitos feitiços. Muito incenso. Muita vela colorida
acesa para as mais diferentes divindades. Eu era “amiga” de uma grande
quantidade de deusas... de Iemanjá, eu de repente me vi ao lado de Durga, de
Brigit, de Hécate, de Gaia, de Ganesh, Shiva, e tantos e tantos outros... minha
casa parecia um samba doido de um tanto de religiões e seitas. E tava tudo
certo...
É impressionante como nós somos levados a ir corrompendo as
nossas virtudes, bem aos poucos. O demônio é ardiloso, esperto... ele vai trabalhando
com as armas que tem, pra fazer você mudar de ideia. No meu caso, sempre foi
com conhecimento. Sempre foi pelo “intelecto”. Então ele me mostrava “olha, o
sangue tem ferro, e o ferro faz maravilha para as plantas”.
Contanto que você cultue outros deuses, de muitos e muitos
nomes... mas fique cada vez mais distante do único e verdadeiro Deus.
Quando você percebe, está nadando no meio do cocô e achando
aquilo tudo o máximo.
Que Deus me perdoe por esses tropeços e essas quedas....
O protestantismo
Então Ele resolveu me tomar de volta.
E fez um verdadeiro expurgo na minha vida, do fim de 2019 em
diante.
Comecei a ter acesso à verdade sobre o uso de sangue. Sobre
informações terríveis a respeito do tráfico de crianças e do uso do sangue de
bebês – isso, você leu certo – certas seitas satânicas comercializam isso para
melhorar performance daqueles que estão dispostos a pagar por esse sangue.
Você pode achar que isso é “teoria da conspiração”. Acredite:
não é. Para as pessoas “iniciadas”, o sangue purifica. E o sangue de crianças e
bebês tem um valor inestimável. É terrível. Sim.
Essa informação me desmontou.
Eu tinha lutado tanto para ser mãe... e agora estava
caminhando para achar esse tipo de abominação normal?! Não tinha como!!
Daí me vi num caminho sem volta... eu ia ter de me converter
ao cristianismo. Porque precisava defender minha família do caos que estava
virando o mundo.
Como eu seria católica? Não ia dar. Por conta dos traumas
que tinha com a Igreja, incutidos pela minha família desde antepassados distantes...
até as divergências com algumas posturas atuais.
Sobrava um caminho: engolir todo o preconceito que eu tinha
dos “crentes”, e começar a cogitar a minha conversão.
Num primeiro momento, minha conversão parecia ser um passo
frio e calculado. Eu queria criar “networking” para uma provável mudança de
país. Queria, quem sabe, ser ajudada pela “irmandade” dos crentes, e depois,
quem sabe, fazer o caminho “de volta” para um ponto onde eu declararia minha fé
em Jesus, mas não teria paixões com isso.
Tosca. Eu era um ser humano muito tosco.
No meio do segundo semestre do ano de 2020, minha vida virou
e tudo tomou vida própria, por assim dizer.
O fato é que Jesus entrou no barco.
Quando fiz a oração com minha prima, declarando ter aceito
Jesus Cristo como meu único Salvador e Senhor, me parecia tudo muito tranquilo.
Era só mais uma descoberta, entre as tantas que fiz na vida.
Mas aí está uma característica minha. Eu nunca fui morna em
nada. Então, quando comecei a estudar sobre Jesus, eu realmente me abri. E
Jesus não deixa bola quicando! Ele chuta pro gol.
Em poucos meses, todo mundo tava convertido. Eu, o marido e
os dois guris.
Entreguei para destruição todos os itens que me remetiam ao
engano de satanás dentro de casa – isso de acordo com as normas protestantes.
De dezenas de livros, passando por imagens – incluindo a de Santa Teresinha – e
tantas e tantas coisas... nada doeu. Na hora que entreguei o ícone de Santa
Teresinha, senti ela mesma me dizendo “eu vou ser sua amiga para sempre”.
Aquilo ficou registrado no meu coração.
Mas tudo ia bem... estávamos todos apaixonados por Jesus.
Guiados por Ele em tudo. Abertos ao Espírito Santo de Deus. Felizes.
Eu passava o dia ouvindo ministrações de pastores no Youtube.
As coisas faziam um sentido absurdo pra mim. E eu fiz um curso, junto com meu
marido, sobre o Evangelho, para nos batizarmos na igreja frequentada por um tio.
Quando me batizei, veio o baque. Tive problemas sérios com
alguns parentes. Fomos excluídos (e nos excluímos) de muitas coisas. E
precisamos aprender a lidar com tudo isso.
Num primeiro momento, eu me senti muito injustiçada. E me
senti triste com tudo... porém, com o passar dos dias, das semanas e dos meses,
fui invadida por uma serenidade enorme, acompanhada com a vontade irrefreável
de rezar por todos.
E foi o que eu fiz.
Em casa, finalmente!
Então veio a quaresma de 2021. E mais uma vez, o Espírito
Santo agiu.
Num dia, da forma mais inesperada, apareceu um vídeo no meu
Youtube, como sugestão: “relato de conversão – do protestantismo ao catolicismo”,
por Larissa Mascarenhas Sales.
Eu estava constantemente em oração. Pensava “estando assim,
não tem como o inimigo agir.. Jesus não iria deixar”.
Então me apareceu aquilo. Eu me senti atacada. Deixei o
telefone de lado, quase como uma batata quente, e fui pro banho – então ajoelhei
no chuveiro, chorando.
Pedi a Deus: “Por favor, afasta de mim esse tipo de coisa...
eu não quero fazer outra coisa a não ser obedecer ao senhor... me ajuda, por
favor”.
Então, depois de muito chorar, eu ouvi: “Filha, assiste o
vídeo. Sou Eu quem te enviou. Confia em mim”.
No vídeo, a Larissa conta como foi a conversão dela. Seria
mais uma história de conversão, se ela não mencionasse material bibliográfico
que a embasou na sua mudança.
O mais impressionante é o livro do ex-pastor e teólogo
protestante Scott Hahn, escrito com sua esposa, que também era teóloga protestante.
Os dois narrando o processo deles de conversão.
Eu pensei: opa.... um pastor e teólogo?! Aí tem.. pesquisei
o nome do livro na Amazon “Todos os caminhos levam à Roma”. Comprei, senti que
tinha entrado no buraco de Alice. E foi isso.
Enquanto o livro não chegava, eu fui ao blog que a Larissa
menciona, e também ao site do padre Paulo Ricardo.
Antes do livro chegar, apenas com o material do padre, eu já
estava 70% convencida.
O livro chegou num sábado de manhã. E de tarde, as 200 e
poucas páginas estavam lidas.
Eu entendi tudo.
Mas precisava de mais sinais.
No domingo de manhã, coloquei um vídeo de uma missa na TV, e
os meninos assistiram. Eles ficaram fascinados: “mamãe, como é lindo... como é
silencioso e calmo... não tem aquelas luzes piscando da outra igreja, né...
podemos ir, por favor?!”
Não tinha o que dizer.
Fomos todos à missa, no mesmo dia de noite. E eu consigo descrever
a emoção que senti naquele lugar, era como se eu tivesse de volta do ventre da
minha mãe, protegida, aconchegada... depois, fomos recebidos por um membro da
paróquia e ele pediu nossos telefones. Nos mandou um convite para a semana
seguinte, uma palestra que seria ministrada logo após a missa do sábado.
Meu marido brincou comigo “agora, lá vamos nós encher a casa
de imagens de novo...”. E eu respondi: Não vou adquirir imagens... só virão
aquelas que tiverem de vir.
Naquele sábado, ganhamos uma imagem de Nossa Senhora Grávida
num sorteio. Eu nunca ganhei nenhuma bala em rifa. Nada. Nunca. Aquilo era um
sinal em neon para mim. Para nós.
Nossa Senhora estava de volta na minha vida! Agora pra valer.
Agora ela, sem disfarces, sem fantasias, sem nomes aleatórios. Minha mãezinha
me pegou pela mão... e me puxou de volta. E eu fui lembrando de todas as vezes
que estive diante dela... e do amor enorme que eu sentia, quando era menina...
a vontade quase incontrolável de ficar diante da imagem por horas e horas...
contemplando...
Minha mãe, depois de me ver católica de novo, rezando
fervorosamente, me disse “acho que devia ter deixado você ser freira...”...
pois é. Mas Deus tinha os meninos pra me dar... então tudo caminhou como Ele
quis...
Nós até começamos a catequese na igreja. Porém, não seguimos
na paróquia, por conta de alguns posicionamentos que nós simplesmente não
conseguimos acatar. Eu já ouvi de vários membros da Igreja que protestantes
convertidos muitas vezes conseguem ser mais aguerridos na defesa da doutrina da
Santa Madre Igreja do que muitos católicos que sempre estiveram ali.
Eu sonho em encontrar uma igreja onde um padre considere que
aquela passagem “ide e evangelizai”, é muito mais importante do que ecumenismos
e frases do tipo “Deus é amor”. Sim. Deus é amor. Mas fora da Igreja Católica
Apostólica Romana, não há salvação – simplesmente porque Jesus explicou este
caminho. Ele jantava com pecadores, mas nunca assimilou nenhum pecado para si. O
que Jesus sempre quis foi converter almas.
Eu sou uma católica em segunda união matrimonial.
Teoricamente, estaria em pecado mortal. Não tenho direito a confissão. Nem à
comunhão. Eu entendo e respeito profundamente as regras determinadas por Jesus.
Mas hoje, eu sei que Ele me perdoou e abençoa a nossa família.
Hoje, depois de muito pesquisar, descobri que podemos fazer muitas coisas em casa. Baseados nos ensinamentos da Igreja. A contrição perfeita é uma realidade que leva à confissão espiritual. E a confissão espiritual permite a comunhão espiritual também.
Todos os meses, nossa família reflete sobre os pecados
cometidos, cada um com seus botões, baseados num roteiro que permeia os
mandamentos – os dez e os da Igreja, além de uma análise sobre os pecados
capitais. Fazendo essa reflexão, pedimos perdão a Jesus com toda humildade
sobre nossos pecados. Dos que lembramos e daqueles que não nos lembramos.
Além disso, todo domingo, temos nosso estudo do evangelho do
dia. E depois de estudarmos, rezamos o terço e fazemos nossa comunhão
espiritual. É a forma que temos de santificar o domingo.
E todos nós temos nossa rotina de oração. Cada um tem a sua,
e todos rezam... e os resultados são sentidos diariamente.
Estudamos. Eu leio. E faço a catequese das crianças – tanto no
conteúdo apresentado didaticamente uma vez por semana, quanto em ensinamentos
do cotidiano.
Assinar o site do padre Paulo Ricardo foi o melhor presente
que já ganhei do meu marido. Os livros que compramos vez por outra, que começam
a compor a nossa simples, porém rica biblioteca católica, são verdadeiros
tesouros.
Eu sinto falta de fazer parte de uma igreja. De poder
visitar Jesus no Santíssimo Sacramento. Sinto falta da missa... nossa, como
sinto falta da missa. Mas eu sei que Jesus mora aqui em casa. Eu sinto a
presença Dele quando rezamos, sinto que Ele nos cobre de amor.
Maria então... ela cuida de cada um como seus filhos que nós
somos. Tem feito maravilhas em cada coração... cuidado da conversão diária de
cada um de nós.
Essa decisão momentânea de exercer nossa fé de maneira
doméstica é algo que até aqui está sendo abençoado por eles. Um dia, se for da
vontade de Jesus, nós seremos conduzidos a uma igreja.
Até lá, seguimos aqui.
Agradeço a você que chegou até o fim desta leitura. Essa é a
minha história escrita... com muitos, mas muitos detalhes omitidos. Eu espero
que você possa entender que Deus quer a todos nós em seu Reino. Ele não tem um
lugar só para uma classe seleta de pessoas. Ele quer nós todos. Então... não
importa quantos pecados você cometeu ou comete. Deus quer lavar todos eles, e
te devolver a vida.
Já fez um ano que me converti. Em março, um ano da conversão
completa. E desde então, eu perdi muito. Perdi orgulho – e quero perder muito
mais, todo ele – perdi “amigos”, perdi ideias erradas, perdi concepções
completamente equivocadas que me afastavam tanto do coração de Jesus... perdi.
Mas ganhei paz... serenidade... plenitude.
Desejo tudo isso para você! E que todos nós possamos mirar cada vez mais no céu, e menos nas coisas desta terra.
Viva Cristo Rei e Salve Maria Querida!
Belo depoimento, fiquei bastante emocionado. Se puder Veja o vídeo de duas outras moças ex-protestantes, eu aprendi muito com elas. https://youtu.be/WZDcCWGIha8
ResponderExcluirhttps://youtu.be/28K6IuUYtaA
São ricos e belos depoimentos.
Feliz ano novo e
Salve Maria!
Obrigada irmão! Vou olhar... uma boa jornada para você, em toda sua vida!
ExcluirÉ excelente o seu testemunho. Gostei muito! Parabéns a você. Mulher corajosa e de muita fé.
ResponderExcluirVocê disse que na Igreja Católica tem coisas erradas. Verdade. É satanás tentando destruir a Igreja de Jesus. O diabo não vai tentar destruir as seitas, porque elas são dele.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo. E salve Maria Imaculada.
Obrigada... vamos lutar... porque as portas do inferno não vão prevalecer! Nossa Mãezinha está cuidando de tudo. Salve Maria!! Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
ExcluirMe inscrevi no seu canal. E compartilhei o vídeo do seu importantíssimo testemunho.
ResponderExcluirSalve Maria!
Obrigada!! Eu não sei se vou publicar outros vídeos... vou apenas se Nosso Senhor me mandar... mas agradeço muito o seu estímulo! Salve Maria e Viva Cristo Rei!!
ExcluirCaríssima, paz contigo! Já investigaste a possibilidade de seu casamento anterior ser um matrimônio nulo? Pelo que descreves, parece ser.
ResponderExcluirAinda não. Quem sabe, né?! Tudo acontece no tempo de Deus .. obrigada pela dica! Paz contigo! Salve Maria!
ExcluirA Paz,acabei de vir de uma adoração ao Santíssimo Sacramento e me deparo com seu testemunho,, gostaria de falar algumas situações,, VoÇê já conversou com algum Padre sobre o seu primeiro casamento? se ele foi valido,, vc pode tentar anular ele,, para isso tem que conversar com um Padre,,outra situação, vc e seu marido,podem participar da Missa, rezar o Rosário,,adorar Jesus no Santissimo Sacramento,,por enquanto não pode confessar e Comungar até ver se consegue anular seu primeiro casamento,,fique com Deus,,de seu irmão em Cristo Jesus,.. Jonas Francisco.
ResponderExcluirJonas, muito obrigada... eu tenho fé que todas essas situações vão se resolver no tempo de Deus. Eu confio N'Ele.. obrigada de novo, pela sua preocupação e o seu comprometimento. Fica em paz, e que o Nosso Senhor Jesus Cristo te cumule com muitas e muitas bênçãos e alegrias!
ExcluirSalve Maria! Seu testemunho é lindo Carolina. E tenho certeza que Nossa Senhora te quer na Missa. Vcs podem (e devem) ir a missa todos os domingos. O fato de não poderem confessar e comungar ainda, não impede de participarem da Santa Missa, pelo contrário. Mesmo que santifiquem o domingo em casa, somente com a missa é que é cumprido o preceito. Preceito de amor em participar do Santo Sacrifício. Vocês já pensaram em ir visitando outras paróquias? Ao que entendi, vcs não se sentiram acolhidos na paróquia em que estavam frequentando né... Rezo pra que encontrem e fico feliz de ver o relato de sua conversão. Eu vim pelo seu vídeo.
ResponderExcluirAhhhhhh, vc já conhece o Instituto Hesed? Eles tem canal no YouTube. As lives são ma-ra-vi-lho-sas!!!!!
Deus abençoe vc e sua família 🙏
Menina! O Instituto Hesed faz parte da minha conversão todinha... as irmãs são queridas, elas sempre me emocionam... eu tenho fé que logo encontraremos um lugar... Nossa Mãezinha sempre cuida de tudo! Fica bem, querida... um abração.
Excluir" Quem é esta que avança como a aurora... Brilhante como o Sol formosa como a Lua! Está é Nossa Senhora, a Mãe de Nosso Senhor, digna de tanto Amor... Ela, o primeiro Sacrário Vivo que acolheu Jesus! Bendita entre todas as mulheres!
ResponderExcluirNossa querida Mãezinha! Muito amada... nunca vou ter um coração grande o bastante para amá-la tudo o que ela merece!!
ExcluirBom dia. Li seu testemunho e me vi nele, não cheguei a pender pro protestantismo mas de resto quase tudo, estou retornando à Casa do Pai pq fui católica na adolescência fervorosa até depois parti pra novos rumos a pandemia veio e me fez refletir e a desejar voltar aquele fervor da adolescência, estudo bastante no YouTube sobre a doutrina. Minha Irmã em Cristo vc não teria direito a nulidade do primeiro casamento? Já procurou algum sacerdote fiel aCristo e já conversou a respeito. Assim vc poderia retornar ao sacramentos. Paz e bem.
ResponderExcluirAparentemente eu tenho direito a nulidade. Mas não estou preocupada com isso agora. Tudo vai acontecer no tempo de Deus. Obrigada pela sua preocupação. A paz de Cristo!
ExcluirOi Carulina, tive contato com seu testemunho no you tube, realmente muito profundo, compartilho com você a amizade com Santa Terezinha :)
ResponderExcluirVocê já conhece Padre Pio de Pietrecina? Se ainda não te convido a conhecer, no you tube tem o filme de toda vida dele.
Que você e sua família sejam abençoados!
Obrigada... eu me tornei amiga de Padre Pio também! Considero-me filha espiritual dele... é um amor muito grande, que a gente sente quando pensa nele... é como se ele nos abraçasse, lá do céu... às vezes, eu sinto até um perfume quando estou pensando nele... um cheirinho de flores... é muito forte a sensação de cuidado... de amor, vinda de Padre Pio... aqui em casa todo mundo adora ele... já assistimos o filme e nossos filhos ficaram impressionados - e meu marido se tornou devoto também! A nossa igreja tem esses tesouros preciosos pra nos presentear... podemos ser amigos dessas pessoas tão especiais... pessoas que se configuraram à Jesus Cristo... é muito bom ser católica! Salve Maria e que ela abençoe a sua família inteira também!
ExcluirMaravilhoso, espontâneo, sincero, corajoso, verdadeiro e cativante seu testemunho. Ajudou, com certeza, a reforçar ainda mais a minha fé na Santa Igreja Católica.
ResponderExcluirque bom... o Espírito Santo sempre chega onde precisa... nós só precisamos nos dispor... grande abraço!
ExcluirObrigada... os testemunhos de conversão são combustível para que mais pessoas conheçam e se reaproximem de Jesus. Todos nós devemos testemunhar a maravilha que Jesus nos faz quando entra em nossas vidas... Ele próprio falou: ide e dai testemunho... Te desejo muita força, muita paz e que Nossa Senhora te cubra com seu manto!
ResponderExcluirLindo seu testemunho...Sou católica de berço, mas por um bom tempo estive afastada da igreja, estou retornando agora com muita fé e alegria. Tenho devoção por Nossa Senhora Aparecida. Muito feliz por vc e sua família!!! Também achei seu testemunho no youtube que me trouxe aqui, pois me chamou muita atenção sua história. Deus abençoe a vc e sua família
ResponderExcluirLindo testemunho. Deus te abençoe e te conduza a Paróquia que irá de acolher. Pois tem muito a dar para Igreja. Quando estiver pela zona leste de São Paulo, venha visitar nosso grupo de oração Poder do Altíssimo. Toda as quartas as 20:00. Rua São Vitorio 469 vila nhocune
ResponderExcluirOlha, esse seu casamento tem muitíssima chance de ser nulo. Procurem um bom padre que ele certamente irá ajudá-los.
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